PM que jogou homem de ponte recebe habeas corpus e responderá em liberdade

Publicado em 11/04/2025 21:52

O soldado da Polícia Militar Luan Felipe Alves Pereira, acusado de tentativa de homicídio por ter arremessado um homem de uma ponte na região de Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, deixou o Presídio Militar Romão nesta sexta-feira (11), após receber habeas corpus concedido pela Justiça paulista. Luan Felipe estava detido desde 5 de dezembro do ano passado, três dias após o episódio que gerou comoção e fortes reações públicas. A decisão que garante sua liberdade provisória foi tomada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que acolheu o argumento da defesa de que, mesmo em caso de condenação, o policial não cumpriria pena em regime fechado. De acordo com os advogados Raul Marcolino e Wanderley Alves dos Santos, “ao contrário do que muitos disseram, a ação dele não foi isolada; ele estava em efetivo serviço”. A defesa também criticou a prisão antecipada, defendendo que os fatos devem ser apurados com profundidade antes de medidas restritivas. O processo, que tramita sob sigilo, foi confirmado pelo TJSP. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que cumprirá a decisão assim que o habeas corpus chegar à unidade responsável, mas reiterou que o policial seguirá afastado de funções operacionais. No total, 13 PMs foram afastados no episódio Além de Luan Felipe, outros 12 policiais foram afastados da atividade de rua. O Inquérito Policial Militar (IPM) já foi concluído e enviado à Justiça Militar. Paralelamente, segue em curso um procedimento disciplinar interno, conforme informou a SSP. O caso gerou ampla repercussão e foi repudiado publicamente pelo governador Tarcísio de Freitas, que declarou que “providências serão tomadas”. Nas redes sociais, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, classificou a cena como “lamentável” e também determinou o afastamento dos envolvidos. A imagem da ponte de onde o homem foi arremessado pelo policial viralizou nas redes, gerando indignação e debates sobre a conduta da corporação. A expectativa agora é que o caso siga tramitando na Justiça Militar, onde será analisada a responsabilidade penal e administrativa dos agentes envolvidos. Com informações deCNN Brasil

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